Meu filho sempre teve uma péssima caligrafia. Há alguns anos, no Brasil, a coordenadora da escola me chamou para conversar sobre o assunto. Meu filho estava escrevendo em letra de forma não de letra cursiva. Eu disse à professora que deixasse o garoto escrever com a letra de forma, pois era o melhor que ele podia fazer. Finalizei dizendo à professora que apreciaria muito se meu filho pudesse ser treinado em digitação, pois essa seria uma habilidade possivelmente mais útil para ele.
Neste mês, aqui nos Estados Unidos, o Estado de Indiana acabou com a exigência de que suas escolas ensinem a escrita cursiva. Essa medida leva Indiana a alinhar-se a um padrão comum de ensino adotado por 46 outros estados americanos, que recomenda o ensino da digitação.
Já pensou como nos comunicaremos daqui a 10 anos, quando meu filho estiver entrando no mercado de trabalho? Desde que foi criado o computador pessoal a interação homem-máquina tem se mantido através do teclado. Isso pouco mudou. Acredito que o teclado ainda permanecerá por muito tempo, apesar da tendência ser o surgimento de máquinas cada vez mais inteligentes, que recebam nossos comandos sem que tenhamos que fazer muito esforço para isso. E essa é a mesma estratégia que meu filho usa quando tem que escrever algo - escreve da maneira que lhe requer menos esforço possível. Garoto do futuro.
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